segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Verbo
Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal ou verbo-nominal. O verbo pode designar ação, estado ou fenômeno da natureza.
Classificação
Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma:
Quanto à semântica
• Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos diretos que não possuem sentido completo,logo ele necessita de um complemento,sendo este complemento chamado de objeto direto.E verbo transitivo indireto-Que também não possue sentido completo e necessita de um objeto indireto,que necessariamente exigem uma preposição antes do objeto. Exemplos: dar,comer, fazer, vender, escrever, amar etc.
• Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc.
• Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenômenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Todo verbo impessoal é também intransitivo.
• Verbos de ligação: São os verbos que não designam ações; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo. Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc.
Quanto à conjugação
• Verbos da primeira conjugação: São os verbos terminados em ar: molhar, cortar, relatar, etc.
• Verbos da segunda conjugação: são os verbos terminados em er: receber, conter, poder etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua conjugação já antes realizada (Ex: fizeste, puseste), decorrente de sua antiga forma latina poer.
• Verbos da terceira conjugação: são os verbos terminados em ir: sorrir, fugir, iludir, cair, colorir, etc ==
Quanto à morfologia
• Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc.
• Verbos irregulares: Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").
• Verbos anômalos: Verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo.
• Verbos defectivos: Verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplo: precaver - não existe a forma "precavenha".
• Verbos abundantes: Verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo.
Flexão
Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:
• Número: singular e plural.
• Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem).
• Modo: indicativo,subjuntivo e imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
• Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Voz: ativa, passiva (analítica ou sintética), reflexiva.
Ativa: O sujeito da oração é que faz a ação. Ele sempre fica na frente da frase.
Ex : Os alunos resolveram todas questões.
Passiva : O sujeito recebe a ação.Ele sempre fica no final da frase.
Ex : Todas questões foram resovidas pelos alunos.
Reflexiva : O sujeito faz e também recebe a ação.
Ex: Ana se cortou.

Modo e tempo verbal
Modos e tempos verbais são dois tipos de flexão (variação, mudança) que os verbos apresentam, a fim de dar uma maior clareza quanto ao momento e formas da ação, estado ou fenômeno natural.
Na língua portuguesa, o Verbo pode sofrer as flexões de:
• modo e tempo;
• número - singular e plural; e
• pessoa - primeira (eu; nós), segunda (tu, vós) e terceira (ele(a), eles(as) e você(s))
Modos verbais
As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Assim:
• uma atitude que expressa certeza com relação ao fato que aconteceu, que acontece ou que acontecerá, é característica do Modo Indicativo. Exemplos:
o Ele trabalhou ontem.
o Ela está em casa.
o Nós iremos amanhã.
• uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos:
o Se eu trabalhasse, ...
o Quando eu partir, ...
• uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo:
o Faça isto, agora!
Com relação ao Tempo, podemos expressar um facto basicamente de três maneiras diferentes:
1. No presente: significa que o fato está acontecendo relativamente ao momento em que se fala;
2. No pretérito: significa que o fato já aconteceu relativamente ao momento em que se fala;
3. No futuro: significa que o fato ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala.
Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a Língua Portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos Modos e Tempos:
Modo Indicativo
Expressa certeza absolutamente apresentando o fato de uma maneira real, certa, positiva.
Presente do Indicativo
Expressa o fato no momento em que se fala.
• O aluno lê um poema.
• Posso afirmar que meus valores mudaram.
• Um aluno dorme.
Pretérito Imperfeito
Expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que durou um tempo no passado, ou ainda, um fato habitual,diário. Por isto, chama-se este tempo verbal de pretérito imperfeito, pois não se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado.
Emprega-se o pretérito imperfeito do Indicativo para assinalar:
• um fato passado contínuo, permanente ou habitual, ou casual.
o Eles vendiam sempre fiado.
o "Uma noite, eu me lembro... ela dormia"
Numa rede encostada molemente (Castro Alves, Adormecida).
o Ela vendia flores
o "Glória usava no peito um broche com um medalhão de duas faces." (Raquel de Queirós, As Três Marias).
• um fato passado, mas de incerta localização no tempo:
o Era uma vez, ...
• um fato presente em relação a outro passado, indicando a simultaneidade de ambos os fatos:
o Eu lia quando ela chegou.
o "Nessa mesma noite, leu-lhe o artigo em que advertia o partido da conveniência de não ceder às perfídias do poder." (poema de Quincas Borba).
Pretérito Perfeito
Indica um fato já ocorrido, concluído. Daí o nome: Pretérito Perfeito; referindo-se a um fato que se situa perfeitamente no passado. Emprega-se o Pretérito Perfeito do Indicativo para assinalar:
• um fato já ocorrido ou concluído:
o "Trocaram beijos ao luar tranqüilo." (Augusto Gil, Luar de Janeiro)
o "Andei longe terras,
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras,
Dos vis Aimorés." (Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama).
o Posso afirmar que meus valores mudaram.
o "Apanhou o rifle, saiu ao meio da trilha e detonou."(Coelho Neto, Banzo).
• Na forma composta, é usado para indicar uma ação que se prolonga até ao momento presente; através da locução verbal, na qual se usa o particípio.
o Tenho estudado todas as noites.
o "Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo." (Fernando Pessoa, Poema em Linha Reta - caio)
Pretérito Mais-Que-Perfeito
Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado (o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro fato também passado).
O pretérito mais-que-perfeito aparece nas formas simples e composta, sendo que a primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial.
• Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito simples:
o Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro que vendera.
o "Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela mesma ... com uma pequena dedicatória cerimoniosa." (Machado de Assis, Relíquias de Casa)
o Morava .. no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os pilares de alvenaria." (Gustavo Barroso, O Sertão e o Mundo)
• Exemplos de usos do pretérito mais que perfeito composto:
o Quando eu cheguei, ela já tinha saído.
o Tinha chovido muito naquela noite.
Te dou meu coração, quisera dar o mundo
Futuro do presente composto
Este tempo só existe na forma composta. Assinala um fato posterior ao tempo atual, mas anterior a outro fato futuro.
Exemplo: "Até meus bisnetos nascerem, eu terei me aposentado".
Futuro do Presente
Emprega-se o futuro do presente para assinalar uma ação que ocorrerá no futuro relativamente ao momento em que se fala.
• Se eleito, lutarei pelos menores carentes.
• "... era Vadinho, herói indiscutível, jamais outro virá tão íntimo das estrelas, dos dados e das prostitutas, ... " (Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos)
• "A qual escolherei, se, neste estado,
Eu não sei distinguir esta daquela?" (Alvarenga Peixoto, Jôninha e Nice).
Exemplos de futuro composto:
• Ele vai fazer (fará) compras e vai voltar (voltará) em breve.
Futuro do Pretérito / Condicional
Emprega-se o futuro do pretérito para assinalar:
• Um fato futuro em relação a outro no passado
o "Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria. (Álvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanhã).
o "Ia levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem." (Clarice Lispector, A Via-Crúcis do Corpo)
• Uma ironia ou um pedido de cortesia:
o Daria para fazer silêncio!
o Poderia fazer o favor de sair!?
Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo)
Revela um fato duvidoso, incerto.
Presente
Emprega-se o presente do subjuntivo para assinalar:
• um fato presente, mas duvidoso ou incerto.
o Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos.
o Talvez ele saiba sobre o que está falando.
• um facto futuro, mas duvidoso ou incerto
o Talvez eles venham amanhã.
• um desejo ou uma vontade
o Espero que eles façam o serviço correctamente.
o Se choro... bebe o meu pranto a areia ardente;
talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente!
Não descubras no chão... (Castro Alves, Vozes d'África)
o Espero que tragam-me o dinheiro
Pretérito Imperfeito
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para assinalar:
• uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente de outra ação passada.
o "Talvez a lágrima subisse do coração à pupila ..." (Coelho Neto, Sertão)
o "Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o café na chácara." (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão)
o "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer." (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos)
• uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.
o Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado.
o Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar.
o Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.
Futuro
Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura.
• Quando eu voltar, saberei o que fazer.
• Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa.
Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura.
• Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará.
Futuro Composto
Emprega-se para exprimir uma possibilidade incerta, num tempo passado, ou num tempo passado em relação a um tempo futuro.
• Se ela tiver chegado a tempo ontem, terá sido ótimo
• Ao final das provas, se ele tiver sido aprovado, pararão de falar mal dele.
Pretérito Perfeito
Emprega o passado com relação a um futuro certo.
• Caso eu tenha sido escolhido, ficarei muito feliz.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto
Formado pelo imperfeito do subjuntivo do verbo auxiliar (ter, haver) mais o particípio do verbo principal Tem valor semelhante ao Imperfeito do subjuntivo Ex: Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se não tivesse trabalhado tanto.
Eu teria viajado se não tivesse chovido
Obs: Perceba que todas as frases remetem a ação para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido
Imperativo
Exprime uma atitude de solicitação, mando. É formado por afirmativo e negativo.
Este modo verbal não possui a primeira pessoa do singular (eu), pois não podemos mandar em nós mesmos. Uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo: Faça isto, agora! Com relação ao Tempo, podemos expressar um fato basicamente de três maneiras diferentes:
• No presente: significa que o fato está acontecendo relativamente ao momento em que se fala;
• No pretérito: significa que o fato já aconteceu relativamente ao momento em que se fala;
• No futuro: significa que o facto ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala.
Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a língua portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos modos e tempo
Exemplo

o Parcele sua compra!
o Faça sua tarefa!
o Lave a louça!
o Escove os dentes!
o Compre aqui e ganhe um brinde!
Gerúndio
Uma ação que está acontecendo. No português, é terminado por "ando", "endo" e "indo" (no caso do verbo pôr e seus derivados, terminado em "ondo"). Exemplos: "Eu estou falando contigo"; "Nós estamos correndo em círculos!"; "Eles estão indo para a escola."; "Estou pondo novas informações neste artigo".

Formas nominais do verbo
São três as formas nominais do verbo, que não apresentam flexão de tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos. Por serem tomadas como nomes (substantivos, adjetivos e advérbios), recebem o nome de formas nominais.
As três formas são:
• Infinitivo: indica a ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante a substantivo.
É preciso aumentar o número de verbetes.
O infinitivo pode apresentar algumas vezes flexão em pessoa, constituindo assim duas formas possíveis: o infinitivo pessoal e o infinitivo impessoal.
É melhor estudarmos agora. (infinitivo pessoal, com sujeito nós implícito).
Viver aqui é muito bom. (infinitivo impessoal)
• Particípio: indica uma ação já acabada, finalizada, adquirindo uma função parecida com a de um adjetivo ou advérbio.
Finalizado o wikiconcurso, os ganhadores serão notificados.
O particípio é reconhecido pelas terminações ado,ido. Exemplo:acabado,finalizado,vivido. Contradições: feito(fazido-errado),escrito (escrevido-errado), coberto(cobrido-errado).
• Gerúndio: indica uma ação em andamento, um processo verbal ainda não finalizado. Pode ser usado em tempos verbais compostos ou sozinho, quando adquire uma função de advérbio.
Estou finalizando os exemplos deste verbete. (tempo composto)
Fazendo teu trabalho antecipadamente, não terás preocupações. (gerúndio sozinho com função de advérbio).
O gerúndio é reconhecido pela terminação ndo. Exemplo: andando, comendo, rindo.
• Supino: Em gramática, supino é uma forma verbo-nominal usada em alguns idiomas. No português o supino é usado com a preposição para mais um verbo.
EX.:ela entristeceu-se|nom-ela ficou triste
Verbos em outros idiomas
• As línguas românicas, como o português, são algumas das que mais possuem flexões de verbos. Todas elas, bem como o latim, têm flexões em todos os tempos, modos e pessoas. O português, entretanto, tem a peculiaridade de ter um infinitivo pessoal e um infinitivo impessoal.
• Nas línguas germânicas, quase sempre o infinitivo é representado por uma preposição: "to" em inglês ou "att" em sueco. Sem a preposição, o verbo representa o imperativo. O tempo futuro é sempre representado por um verbo auxiliar. Não há flexão de modo.
• Nas línguas escandinavas não há flexão de pessoa, a mesma forma verbal de um tempo vale para todas as pessoas.
• Em finlandês o verbo dispensa o pronome, tendo apenas a flexão.
• Em húngaro e em alemão existem as flexões de tempo e de aspecto. Há apenas um tempo presente e passado simples e o aspecto é designado por prefixos. Vale notar que um mesmo prefixo pode ter significados diferentes dependendo do verbo. A flexão de aspecto designa a circunstância em que se passa a ação.
• Em latim o verbo se flexiona em tempo (presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), pessoa e voz (ativa e passiva). Há quatro formas nominais: o infinitivo, o gerúndio, o particípio e o supino. As três primeiras têm tempo presente, passado e futuro. O supino é invariável.
• Em japonês os verbos não variam conforme pessoa e número; no entanto, são flexionados de acordo com estilo (comum e polido), tempo (passado e não-passado), e modo (são vários: indicativo, gerundivo, passivo, potencial, causativo, condicional, imperativo, desiderativo, volitivo) - as flexões contendo uma forma afirmativa e uma forma negativa.[1]
• Em coreano os verbos são palavras invariáveis. O tempo e o modo são representados por advérbios, e a pessoa é representada por pronomes.
• Em mandarim a forma interrogativa dos verbos é formada por uma estrutura gramatical formada pelo verbo, a palavra "bù" (不) - que significa "não" - e o verbo repetido. Como se se perguntasse "fazer ou não fazer?".

CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância Verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.

Casos de concordância verbal:

1) Sujeito simples

Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.Ex.: Nós vamos ao cinema.O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.Ex.:A multidão gritou pelo rádio.
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.
d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ..., quantos de ..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?
Dicas:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles em pessoa e número.Ex.: Qual de vós me punirá.
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte, etc.- o verbo poderá ser usado no singular ( concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poderá ser usado no singular ou plural se este vier afastado do substantivo.Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

2) Sujeito composto

Regra geral: o verbo vai para o plural.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural)
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.Ex.: Irei eu e minhas amigas.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo concordará com os dois núcleos.Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do verbo.Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda com o aposto resumidor.Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.
f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...- o verbo poderá ficar no singular ou no plural.Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular quando a idéia for de exclusão e plural quando for de inclusão.Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/ assim...como/ não só...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./ Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

Outros casos:
1) Partícula SE:
a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no singular.Ex.: Precisa-se de secretárias.Confia-se em pessoas honestas.

2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.Ex.: Havia sérios problemas na cidade.Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.Deve haver sérios problemas na cidade.Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.
Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.O verbo existir não é impessoal. Veja:Existem sérios problemas na cidade.Devem existir sérios problemas na cidade

3) Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e com ele devem concordar. Ex.: O relógio deu duas horas.Deram duas horas no relógio da estação.Deu uma hora no relógio da estação.O sino da igreja bateu cinco badaladas.Bateram cinco badaladas no sino da igreja.Soaram dez badaladas no relógio da escola.

4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.

5) Concordância com o infinitivo
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: - não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.Ex.: Esperei-as chegar.- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo.Ex.: Esperei saírem todos.
b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o texto.- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto.Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal- não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando devida à ordem dos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.- é facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.

6) Concordância com o verbo ser:
a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.
Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.Ex.: Aquilo é sonhos vãos.
b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM.Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?
c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão numéricaEx.: São nove horas./ É uma hora.
Dicas:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia.Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.
d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.Ex.: Aqui o presidente sou eu.
Dicas:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.Ex.: Eu não sou tu
e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.Ex.: O menino era as esperanças da família.
f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.
g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.
h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância Nominal

1. Substantivo + Substantivo... + Adjetivo

Quando o adjetivo posposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o último ou vai facultativamente:
para o plural, no masculino, se pelo menos um deles for masculino;
para o plural, no feminino, se todos eles estiverem no feminino.
Exemplos:Ternura e amor humano.Amor e ternura humana.Ternura e amor humanos.Carne ou peixe cru.Peixe ou carne crua.Carne ou peixe crus.

2. Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ...

Quando o adjetivo anteposto se refere a dois ou mais substantivos, concorda com o mais próximo.Exemplos:Mau lugar e hora.Má hora e lugar.

3. Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ...

Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substantivo, este vai para o singular ou plural.Exemplos:Estudo as línguas inglesa e portuguesa.Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa.Os poderes temporal e espiritual.O poder temporal e (o) espiritual.

4. Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo

Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substantivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo ou vai para o plural.Exemplos:A primeira e segunda lição.A primeira e segunda lições.

5. Substantivo + Ordinal + Ordinal + ...

Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um substantivo, determinando-o, este vai para o plural.Exemplo:As cláusulas terceira, quarta e quinta.

6. Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo

Quando as expressões "um e outro", "nem um nem outro" são seguidas de um substantivo, este permanece no singular.Exemplos:Um e outro aspecto.Nem um nem outro argumento.De um e outro lado.

7. Um e outro + Substantivo + Adjetivo

Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da expressão "um e outro", o substantivo vai para o singular e o adjetivo para o plural.Exemplos:Um e outro aspecto obscuros.Uma e outra causa juntas.

8. "O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os (as) piores ..." - "O (a) melhor ... possível" - "Os (as) melhores ... possíveis"

O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular. Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o plural.Exemplos:Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.Estas frutas são as mais saborosas possíveis.Eles foram os mais insolentes possíveis.Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.

9. Particípio + Substantivo

O particípio concorda com o substantivo a que se refere.Exemplos:Feitas as contas ...Vistas as condições ...Restabelecidas as amizades ...Postas as cartas na mesa ...Salvas as crianças ...Observação:"Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso, invariáveis:
Salvo honrosas exceções.Posto ser tarde, irei.Visto ser longe, não irei.

10. Anexo / bastante / incluso / leso / mesmo / próprio + Substantivo

Essas palavras concordam com o substantivo a que se referem.Exemplos:Vão anexas as cópias.Recebi bastantes flores.Vão inclusos os documentos.Cometeu um crime de lesa-pátria.Cometeu um crime de leso-patriotismo.Ele mesmo falou aquilo.Ela mesma falou aquilo.Elas próprias falaram aquilo.

11. Meio (= metade) + Substantivo

O adjetivo "meio" concorda com o substantivo a que se refere.Exemplos:Meias medidas.Meio litro.Meia garrafa.

12. Meio (= um tanto) + Adjetivo

O advérbio "meio", que se refere a um adjetivo, permanece invariável.Exemplos:Ela parecia meio encabulada.Janela meio aberta.Observações: 1. Na fala, observam-se exemplos do advérbio "meio" flexionado. Tal fato pode ser explicado pelo fenômeno da "concordância atrativa", ou por influência do adjetivo a que se refere: "Ela está meia cansada". Dessa concordância existem exemplos entre os clássicos: "Uns caem meios mortos". (Camões) 2. Em "meio-dia e meia", "meia" concorda com a palavra "hora", oculta na expressão "meio-dia e meia (hora)". Essa é a construção recomendada pela maioria dos manuais de cultura idiomática. A construção "meio-dia e meio" também ocorre na fala; a forma "meio" permanece no masculino, por atração ou influência da forma masculina "meio-dia". 3. A palavra "meio" funciona como elemento de justaposição em "meias-luas", "meios-termos", "meios-tons", "meia-idade", etc.

13. Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ... Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativo do objeto

Verbo transobjetivo é o verbo que pede, além de um complemento-objeto, uma qualificação para esse complemento (= predicativo do objeto). Nesse caso, o predicativo concorda com o(s) objetos.
Verbo transobjetivo + predicativo do objeto + objeto + objeto ...
Julgou inocentes o pai e o filho
Considerei oportunasa decisão e a sugestão
Achei simpáticos a irmã e o irmão


Verbo transobjetivo + objeto + objeto ... + predicativo
Julgou o pai e o filho inocentes.
Considerei a decisão e a sugestão oportunas.
Achei a irmã e o irmão simpáticos


14. Casa, página (+ número) + numeral

Na enumeração de casas e páginas, o numeral concorda com a palavra oculta "número".Exemplos:Casa dois.Página dois.

15. Substantivo + é bom / é preciso / é proibido

Em construções desse tipo, quando o substantivo não está determindado, as expressões "é bom", "é preciso", "é proibido" permanecem no singular.Exemplos:Maçã é bom para a saúde.É preciso cautela.É proibido entrada.Observação: Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:É proibida a entrada de meninas.

16. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pessoa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo masculino

Quando um adjetivo modifica um pronome de tratamento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai para o masculino.Exemplos:Sua Santidade está esperançoso.Referindo-se ao Governador, disse que Sua Excelência era generoso.

17. Nós / Vós + verbo + adjetivo

Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós / vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para singular.Exemplos:Vós (= tu) estais enganado.Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.Sejamos (nós = eu) breve.
REGRAS SOBRE COLOCAÇÃO PRONOMINAL



Ênclise – é a colocação normal do pronome na língua culta. (depois do verbo)
Ex.: Levantei-me cedo hoje.



Mesóclise – É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja condição de próclise. (no meio do verbo)
Exs.: O torneio de xadrez realizar-se-á no início da primavera.
Contar-lhe-ia o segredo, se pudesse.



Próclise – É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:
· Palavra negativa (não, nem, nunca, ninguém, nenhum, nada, jamais...) não seguida de pausa. Ex.: Nunca nos revelou sua verdadeira identidade.
· Advérbio não seguido de vírgula. Ex.: Depois me dirigi ao balcão de informações.
Obs.: Havendo vírgula depois de palavra negativa ou de advérbios, usa-se ênclise. Exs.: Não, disse-me ele, não me deve mais nada.
Em seguida, despediu-se de todos gentilmente.
· Pronomes relativos e indefinidos. Exs.: O rapaz que me procurou vendia dicionários. / Quem te acompanhou até aqui?
· Conjunção subordinativa. Ex.: Pensei que lhe dariam o emprego.
· Preposição “em”, seguida de gerúndio. Ex.: Em se tratando de brigas familiares, não me meto.
· Infinitivo pessoal precedido de preposição. Ex.: Para se desculparem, enviaram-nos flores e bombons.
· Orações optativas, exclamativas ou interrogativas, com sujeito antes do verbo. Ex.: Deus lhe pague, moço!

Obs.: Havendo entre a palavra que exerce atração e o pronome oblíquo um termo ou oração intercalados, a próclise continua sendo necessária. Observe: Nunca, é bom saberem, lhe pedi dinheiro.



Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais

Nas locuções verbais ocorrem as seguintes colocações de pronomes:

Com verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:
· Depois do verbo auxiliar.
Exs.: Devo-lhe mandar o livro ainda hoje.
Vinha-se arrastando pelas ruas.
· Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Devo mandar-lhe o livro hoje.
Vinha arrastando-se pelas ruas.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:

· Antes do verbo auxiliar.
Exs.: Nada lhe devo contar.
Todos nos estavam esperando.
· Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Nada devo contar-lhe.
Todos estavam esperando-nos.

Observações:
1ª Havendo preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome é facultativa.
Ex.: A moça há de acostumar-se com a vida de casada. / A moça há de se acostumar com a vida de casada.
2ª Com a preposição a e o pronome oblíquo o (e variações), o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo.
Ex: Tornou a vê-los depois do casamento.

Com verbo auxiliar + particípio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar.
Ex.: Haviam-me oferecido um bom emprego.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes do verbo auxiliar.
Ex.: Não me haviam oferecido nada de bom.
REGÊNCIA NOMINAL

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja:

Obedecer a algo/ a alguém.Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.

Substantivos

Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo a, de
Aversão a, para, por
Doutor em
Obediência a
Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Capacidade de, para
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a
Diferente de
Necessário a
Acostumado a, com
Entendido em
Nocivo a
Afável com, para com
Equivalente a
Paralelo a
Agradável a
Escasso de
Parco em, de
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de, para, por
Fanático por
Prejudicial a
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Curioso de, por
Insensível a
Sito em
Descontente com
Liberal com
Suspeito de
Desejoso de
Natural de
Vazio de

Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.


REGÊNCIA VERBAL
Relação de um verbo sobre seus complementos (OD, OI) e adjuntos adverbiais.

Em alguns casos a variação de regência provoca uma alteração de sentido do verbo.
Segue uma lista de verbos cuja regência pode vir a ser duvidosa:

Abdicar
VI - Os parlamentares abdicaram em 15 de novembro.
VTD - O diretor abdicou o cargo.
VTI - A escritora abdicou dos seus direitos.

Agradar - Desagradar
VTI - Prep. A -O desfile de moda agradou ao público.

Obs.: Tem sido utilizado com VTD no sentido de contentar, fazer carinho. Ex.: Queria agradar as crianças com balas coloridas.

Agradecer
VTD - (referindo-se a coisa) - Agradeci o presente.
VTI - (referindo-se a pessoa) - Agradeci ao amigo.
VTDI - (com os dois objetos) - Agradeci o presente ao amigo.

Ajudar
VTD - Toda a vizinhança, ajudava a velha senhora.
VTDI - O motorista ajudou-nos a carregar as malas.

Amar
VI - Amei muito nesses longos anos.
VTD - As crianças amavam aquele contador de histórias.

Apelar
VTI - sentindo-se só, apelou para todos os santos casamenteiros.


Aspirar
VTD - sorver, respirar - Os atletas aspiravam com prazer o ar das montanhas.
VTI - pretender, desejar - O vereador recém-eleito aspirava a um alto cargo.

Obs.: Como transitivo indireto, aspirar não admite as formas pronominais lhe, lhes, mas sim as formas a ele(s), a ela(s). Ex.: A televisão anunciou os vários tênis da moda, mas não aspirávamos a eles.

Assistir
VTI - estar presente, presenciar - Ontem assisti a um filme iraniano.
Obs.: 1 - Nesse sentido, o verbo assistir não admite as formas pronominais lhe, lhes, mas sim a ele(s), a ela(s). Ex.: O torneio de natação foi muito divulgado, por isso todos assistiram a ele.
2 - Nesse sentido não admite a voz passiva. No uso popular, porém, é comum essa construção. Ex.: As comemorações de 1o de maio foram assistidas por milhares de trabalhadores.
VTI - caber, pertencer - Assiste ao técnico o trabalho de escalar o time.

VTD ou VTI - acompanhar, prestar assistência - O médico assiste o doente (ou ao doente)
Obs.: Como VTD admite a voz passiva. Ex.: O gato foi assistido pelo veterinário com muita dedicação.

VI - morar, residir (rege adjunto adverbial com a preposição "em") - Minha comadre assiste e Santos.

Atender
VTI - levar em consideração - Era teimoso, mas atendia aos pais.
VTI - satisfazer, atentar, observar - Aquele cão treinado atendia às necessidades do policial.
VTD - acolher ou receber com atenção - O gerente do supermercado atendeu aos reclames.
VTD - conceder ou deferir um pedido - A Secretaria de Educação atendeu o pedido dos professores.

Atingir
VTD - Morreu sem atingir seu objetivo.

Chamar
VTD
Convocar, fazer vir, convidar
Chamem a polícia!
Obs.: Nesse sentido pode aparecer realçado pela preposição "por".

VTI
invocar (exige a preposição "por")
O pai chamava desesperadamente pela filha.
VTD ou VTI
Cognominar, qualificar, denominar + predicativo do objeto
Chamava-o irresponsável.Chamava-o de irresponsável.

Chegar e ir
VI
(exige a preposição "a" quando indicam lugar)
Cheguei ao cinema 20 minutos atrasado.Vou ao cinema 2 vezes por semana.

Consistir
VTI - O prestígio de seu nome consiste em seu trabalho honesto.

Contentar-se
VTI - Os operários contentaram-se com o fim de semana prolongado.

Custar
VTI - ser custoso, ser difícil - Custou ao menino aquele trabalho pesado.
VTDI - acarretar - A irresponsabilidade custou-lhe o emprego.

Ensinar
VTDI - Marilisa ensinava pintura aos jovens.
Obs.: Quando o verbo ensinar aparece seguido de oração iniciada pela preposição a, são admitidas as seguintes construções. Ex.: Marilisa ensinava-os a pintar belos quadros. Marilisa ensinava-lhes a pintar belos quadros.

Esquecer e lembrar
VTD - (quando não pronominais) - Que chateação! Esqueci o nome dele.
VTD - fazer recordar - Marcelo lembra o pai na maneira de andar.
VTI - (quando pronominais exigem a preposição "de") - Esqueci-me do livro.
VTI - cair no esquecimento / vir a lembrança - Esqueceram-me as chaves em casa.
VTDI - advertir - Lembramos aos alunos a hora da prova. Lembramos os alunos da hora da prova.

Informar
VTD - dar notícias, esclarecer - Os jornais informaram o público consumidor.
VTDI - (mesmo sentido) - A secretário informou a nota ao aluno.
Obs.: O mesmo ocorre quando o objeto for uma oração. Ex.: Informava-o de que os trabalhos estão terminados. Informava-lhe que os trabalhos estão terminados.

Ir e Chegar
VI (exige a preposição "a" quando indicam lugar) Cheguei ao cinema 20 minutos atrasado.Vou ao cinema 2 vezes por semana.

Morar e Residir
VI (exigem adjuntos adverbiais com a preposição em) Moro em São Paulo.Resido em Jundiaí.

Namorar
VTD - Marisa namorou Júlio durante muito tempo.

Obedecer e desobedecer
VTI - Os motoristas obedecem aos sinais de trânsito.
Obs.: Apesar de VTI esses verbos admitem a voz passiva. Ex.: Os sinais de trâsito são obedecidos pelos motoristas.


Pagar e Perdoar
VTD - (quando o objeto é coisa) - Paguei a conta.
VTI - (quando o objeto é pessoa) - Perdoei aos inimigos.
VTDI - Paguei a conta ao feirante.

Precisar
VTD - marcar com precisão - O piloto precisou a hora e o local do pouso.
VTI - Necessitar - O homem do campo precisa de terra para trabalhar.

Preferir
VTDI - quere antes, escolher - Prefiro o amor à guerra.
VTD - dar primazia a, determinar-se por - Preferimos a alegria, não aceitamos a dor.

Presidir
VTD ou VTI - Poucos presidiram o Sindicato dos Metarlúgicos como ele. Presidiram ao júri cinco mulheres.

Proceder
VI - ter fundamento, ter procedência - Tua resposta estúpida não procede.
VTI - originar-se, provir de - Muito de nossa cultura procede da África e e dos povos indígenas.
VTI - dar andamento - O médico da seleção procedeu aos cortes dos jogadores contundidos.

Querer
VTD - desejar -Ela queria o disco da Gal, mas não o quer mais
VTI - estimar, querer bem (exige a preposição "a"). - Eu quero a meus amigos e sempre lhes quis.

Simpatizar e Antipatizar
VTI - (exige a preposição "com"; não são pronominais) - Simpatizava com a idéia.Simpatizei com ele.

Suceder
VTI - substituir, vir depois - Os atuais supermercados sucederam aos antigos armazéns de secos e molhados.
Obs.: Na linguagem popular é comum aparecer como VTD. Ex.: Que o sucedeu não teve sucesso.
VI - acontecer, ocorrer - Sucedera uma catátrofe no México.

Visar
VTD - apontar, mirar, passar visto - Visou o alvo e atirou.
VTI - ter em vista, pretender (exige a preposição "a") - Homem sem escrúpulos, só visava a uma posição de destaque.


Obs.: 1) Não se deve usar um único complemento a verbos de regências diferentes.
Ex: Assisti ao filme e gostei dele. (Errado: assisti e gostei do filme.)
2) Havendo pronome relativo, a preposição, quando exigida pelo verbo, deve deslocar-se para antes do pronome relativo.
Ex: Estes são os filmes a que assisti. Este é o autor de cuja obra gosto.
3) Os pronomes "eu" e "tu" não podem vir regidos de preposição.
Ex: Sandra sentou-se entre mim e minha prima. (Errado: ...entre eu e ...)
Atenção! Toda vez que "eu" e "tu" for sujeito pode ser acompanhado de preposição. Mim e ti não é usado porque pronome oblíquo não pode ser sujeito.
Ex: Você entregou os textos para eu corrigir