segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CRASE
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Fomos à piscina
à artigo e preposição
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.
Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:

I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Temos amor à arte.
(Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas.
(Respondi aos questionário)

II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma estória a você.
(Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)

3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase
a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
b) antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
d) antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
e) em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.
f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.




CRASE FACULTATIVA
1. Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Julinana.
2. Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
3. Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
CASOS PARTICULARES
1. Casa
Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase.
Exemplos:
Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais
2. Terra
Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.
3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo.
Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.
Exemplos:
Está é a nação que me refiro.
(Este é o país a que me refiro.)
Esta é a nação à qual me refiro.
(Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)
Houve um sugestão anterior à que você deu.
(Houve um palpite anterior ao que você me deu.)
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...
OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:
Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola

PRONOME RELATIVO

PRONOME RELATIVO PRECEDIDO DE PREPOSIÇÃO

Trata-se do uso do pronome relativo QUE . Em certos casos ele deve ser acompanhado da preposição EM ,
como no caso da letra da música “GOSTAVA TANTO DE VOCÊ” (Edson Trindade). Tim Maia canta:

“...Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você ...”.
Leila Pinheiro corrige e canta:
“... lugar qualquer em que não exista o pensamento em você ...” Leila Pinheiro tem razão. Afinal,, se esse pensamento
existe em algum lugar, o correto seria dizer “lugar qualquer em que não exista o pensamento em você”. Trata-se do emprego da preposição com o pronome relativo “que”.

Na linguagem do dia-a-dia essa preposição desaparece. É comum as pessoas dizerem “A empresa que eu trabalho”. Se eu trabalho em algum lugar, deverei dizer “A empresa em que trabalho”.

PRONOME RELATIVO E REGÊNCIA

Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia: “... a marca que o mundo confia.”
Acontece que, “quem confia, confia em”. Logo, o correto seria dizer: “... a marca em que o mundo confia.”

As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O correto seria dizer “A
rua em que moro”, “Os países a que fui”, “A comida de que mais gosto”.

O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.

“... são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci...”
Se eu me esqueci, eu me esqueci de Quem esquece, esquece algo Quem se esquece, esquece-se de algo Logo, o correto seria “são momentos de que não
me esqueci.”

Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”
Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava: “A gente nunca esquece do aniversário de um
amigo..”
O correto seria: “A gente nunca esquece o aniversário de um amigo” ou “A gente nunca se esquece do aniversário de
um amigo.”

Vale o mesmo esquema para o verbo lembrar.
Quem lembra, lembra algo Quem se lembra, lembra-se de algo Ex: Eu não lembro o seu nome.
Eu não me lembro do seu nome.
Como você pode notar, esses erros de regência são muito comuns. É necessário redobrar a atenção para não cometê-los mais
ORAÇÃO COORDENADA

Oração que não apresenta conjunção que a ligue à oração anterior.
Exemplo :” Pela manhã bebi o café enjoativo, comi um pedaço de pão sem manteiga.”

Oração Coordenada Sindética Aditiva

Exprime noção de acréscimo, adição.
Introduzidas pelas conjunções coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, que, etc.
Exemplo :”Não li suas cartas, nem mexi no seu lixo.”

Oração Coordenada Sindética Adversativa

Exprime idéia de oposição.
Introduzidas pelas conjunções coordenadas adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, todavia, etc.
Exemplo: ¨ Quero comprar uma jaqueta, mas não tenho dinheiro . ¨

Oração Coordenada Sindética Alternativa

Expressa fatos que se alternam entre si.
Introduzidas pelas conjunções coordenadas alternativas: ou, ora, etc.
Exemplo :¨ Ora como comida congelada, ora faço sanduíche .¨

Oração Coordenada Sindética Conclusiva

Exprime uma idéia de conclusão.
Introduzidas pelas conjunções coordenadas conclusivas: logo, portanto, pois(posposto ao verbo), por isso.
Exemplo :¨ Bem dizia Descartes : Penso, logo existo ¨ .

Oração Coordenada Sindética Explicativa

Explica o motivo da declaração feita na oração anterior. Introduzidas pelas conjunções coordenadas sindéticas explicativas: que, porque, porquanto, pois(anteposto ao verbo).
Exemplo :¨ Não volte muito tarde, porque seu pai precisa de você .¨

Observações:
As orações coordenadas sindéticas explicativas não podem ser confundidas com as subordinadas adverbiais causais: estas exprimem a causa de um fato, aquelas dão o motivo, a explicação da declaração anterior. Exemplos:
João está triste porque perdeu o emprego. Oração adverbial causal.

A criança devia estar doente, porque chorava muito. Oração coordenada sindética explicativa. Note-se também que há pausa(vírgula) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial.
As orações coordenadas são autonômas quanto à estrutura sintática, mas inter-relacionadas, interdependentes, quanto ao sentido.

Pontuação nas Orações Coordenadas

• Emprega-se a vírgula para separar as orações coordenadas assindéticas e as sindéticas com exceção das introduzidas pela conjunção e.
• Orações coordenadas sindéticas podem vir separadas por vírgula acompanhadas da conjunção e quando possuírem sujeitos diferentes e quando a conjunção vier reiterada.
VOCATIVO

• Matérias
Vocativo
Vocativo é a expressão usada para fazer um apelo ou para invocar, no discurso direto, um interlocutor um ouvinte real ou imaginário.

O vocativo, não está subordinado a nenhum termo da oração, somente se refere a um interlocutor.
Não faz parte do sujeito nem do predicado.

O vocativo sempre vem separado dos outros termos da oração por vírgula.

Muitos vocativos aparecem antecedidos por interjeições como ó, ei, olá, alô etc.

Ei, vem aqui!!
Ó meu Deus, o que vamos fazer agora?
Querida Amiga, estou com saudades!

NUMERAL

Numeral
É a palavra que indica a quantidade de elementos em uma pronunciação.

O Numeral exprime número de ordem, múltiplo ou fração. Os numerais classificam-se em:

a) cardinais: indicam quantidade: um, dois, três, quatro, cinco…

- Na minha casa tem três carros na garagem.

b) ordinais: indicam ordem de sucessão: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…

- No campeonato de handboll, meu time ficou em quinto lugar.

c) multiplicativos: indicam multiplicação: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo…

- Minha irmã tem o dobro da minha idade.

d) fracionários: indicam divisão, fração: meio, metade, um terço, um quarto…

- Já comeram a metade do bolo.

e) coletivos: indicam o número exato de indivíduos que compõem o conjunto: dúzia, milheiro, milhar, dezena, centena, par, década.

- Já faz mais uma década que eu fiz quinze anos.

EMPREGO DOS NUMERAIS
Na designação de séculos, papas, reis, príncipes, imperadores, capítulos, utiliza-se números romanos, na leitura utiliza-se os ordinais até o décimo, e depois, utiliza-se os cardinais. Se o numeral preceder um substantivo será lido como ordinal.

Por exemplo:
João Paulo II (segundo)
D.Pedro I (primeiro)

Na designação de leis, decretos e portarias utilizam-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante.

Por exemplo:
Artigo 3.º (terceiro)
Artigo 13 (treze)

Na designação dos dias utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal:

Por exemplo:
Dia primeiro de outubro
Dia doze de setembro

Ambos e ambas são pronomes indefinidos com uso exclusivo no plural. Correspondem ao número cardinal dois.

Por exemplo:
Ambos os alunos estavam fora da sala.
Ricardo e Vanessa vão ao show. Ambos adoram se divertir.