segunda-feira, 4 de abril de 2011

EU OU MIM?

Eu ou mim?


Os pronomes pessoais eu e tu desempenham a função de sujeito, enquanto os oblíquos tônicos mim e ti desempenham outras funções.
Os pronomes pessoais retos eu e tu (somente esses) não podem , na variedade padrão, vir regidos de preposição e desempenhar a função de complemento.
Os pronomes pessoais oblíquos – mim e ti –, quando regidos de preposição, desempenham a função de complemento.
Ex.: Não há mais nada entre mim e você. Adj. Adv.
Os alunos trouxeram flores para ti. OI

Conosco ou com nós? Consigo ou...?

Na variedade padrão, os pronomes oblíquos si e cnsigo só podem ser empregados como reflexivos na 3ª pessoa:

Exs.:
Vaidosa, ela só falava de si mesma.
O professor trouxe as avaliações consigo.

Os demais, comigo, contigo, conosco, convosco, são utilizados normalmente.
Ex.:
Ela simpatizou comigo/conosco.

O emprego de com vós e com nós é admitido quando estes forem reforçados por outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou qualquer numeral.
Ex.:
Ele já discutiu com nós ambos/com nós dois.


Função sintática dos pronomes pessoais

Conforme você deve ter observado, os pronomes pessoais:
1º são sempre pronomes substantivados;
2º para distingui-los e empregá-los, é necessário saber que função sintática desempenham na oração.

Assim:
• Os pronomes retos empregam-se como sujeito e predicativo do sujeito:
Eu sou eu, ora. (predicativo do sujeito)
• Os pronomes oblíquos (átonos e tônicos) geralmente exercem na frase a função de objeto direto ou indireto.

Os átonos de 3ª pessoa o, a, os, as funcionam como objeto direto; lhe, lhes, como objeto indireto; os demais, me, te, se, nos, vos, podem ser objeto direto ou indireto, dependendo da predicação do verbo que completam.
Exs.:
Convidou-me/os a sair. OD
Emprestaram-me/lhe os livros. OI

Os tônicos são sempre precedidos de preposição. Por isso, sua função sintática só pode ser determinada pela predicação do verbo ou do nome ao qual servem de complemento.
Exs.:
Carolina é fiel a ele. CN
O trabalho foi feito por mim. Agente da passiva

Em muitos casos, o pronome oblíquo pode equivaler a um pronome possessivo, situação em que exerce a função de adjunto adnominal.
Exs.:
Rasgaram-me o livro. Adj. Adn.
Rasgaram o meu livro. Adj. Adn.


Utilização dos pronomes demonstrativos

Em relação ao espaço:
• Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala. (Este relógio de bolso que estou usando pertence ao meu avô).
• Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala. (Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de você).
• Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala. (Olhem aquela casa. É um exemplo da arquitetura colonial brasileira).

Em relação ao tempo:
• Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala. (Esta tarde irei ao supermercado fazer a compra do mês).
• Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado, mas relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala. (Essa noite dormi mal; tive pesadelos horríveis).
• Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto. (Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em Portugal)

Em relação ao falado ou escrito ou ao que se vai falar ou escrever

• Este(s), esta(s) e isto são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar. (São estes os assuntos da reunião: informes gerais, discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina aos domingos).
• Esse(s), essa(s) e isso são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou. (Sua participação nas olimpíadas de matemática, isso é o que mais desejamos agora).
• Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último. (Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática; aquele pela criatividade em produção de textos).

Função sintática dos pronomes

Os pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos, quando são adjetivos, desempenham na oração a função de adjunto adnominal; quando são substantivos, desempenham na oração as funções próprias dos substantivos, ou seja, de sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc. Veja os exemplos:
Empreste-me seu caderno. Esqueci o meu em casa.
Adj. Adn. = Pron. Adj. / OD = Pron. Subst.

Ninguém imaginava quem era aquele ilustre visitante.
Suj. = Pron. Subst. / Suj. = pron. Subst. / Adj. and. = pron. Adj.

Função sintática dos pronomes relativos

Os pronomes relativos assumem um duplo papel no período: representam um antecedente e servem de elemento de subordinação na oração que iniciam. Por isso, sempre desempenham nas orações que iniciam uma função sintática, que pode ser de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva.
Observe:

O remédio custa muito caro. Eu preciso do remédio. OI
O remédio de que preciso custa muito caro. OI

O pronome relativo cujo funciona geralmente como adjunto adnominal; e o relativo onde, como adjunto adverbial:

A família a cujo imóvel se referem mudou-se do Brasil. Adj. Adn.
A cidade onde nasci é muito calma e agradável. Adj. Adv.

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